O cinema como inspiração na aula de Língua Portuguesa.
A proposta partiu da professora Ana Luiza Lisboa, que usou o título do filme “Ainda estou aqui” como ponto de partida para realizar uma reflexão linguística.
A partir da frase, ela propôs aos estudantes da 2ª série do Ensino Médio uma análise do sujeito oculto da oração, incentivando-os a ressignificar esse enunciado trabalhando com diferentes temas sociais. O desafio era nomear possíveis sujeitos e criar novas capas acompanhados de textos que dessem “voz” a esses “novos” sujeitos.
O resultado foi surpreendente e está disponível nesta galeria. As imagens foram escolhidas pelos estudantes, os textos de legenda foram produzidos por eles também. O trabalho foi realizado em grupos e os nomes dos integrantes estão identificados em cada imagem.

Luta contra a desigualdade racial no Brasil
A desigualdade racial e o racismo no Brasil são questões profundas que têm origem no histórico escravista do país, quando negros foram obrigados a realizar trabalho escravo. Mesmo após a abolição da escravatura, essa população continuou a ser discriminada e excluída socialmente.
A desigualdade racial manifesta-se em diversas áreas, como nas condições de trabalho, no acesso a uma educação de qualidade, no mercado de trabalho e, especialmente, nas abordagens policiais, nas quais casos de agressão e homicídio contra pessoas negras ocorrem com frequência significativamente maior em comparação às pessoas brancas.
Diante desse cenário, torna-se urgente a conscientização da população brasileira para que se promova a igualdade social e o respeito às diferenças.

O impacto do bullying e da violência escolar
O bullying e a violência escolar afetam milhões de estudantes, ocasionando danos emocionais, psicológicos e, em alguns casos, físicos. Agressões verbais, exclusão social e ataques físicos podem desencadear quadros de ansiedade, depressão e dificuldades no processo de aprendizagem. O cyberbullying agravou ainda mais essa problemática, tornando as vítimas vulneráveis mesmo fora do ambiente escolar.
Casos emblemáticos, como o massacre de Columbine (1999) e o ataque à escola de Suzano (2019), evidenciam a gravidade da violência escolar e seu potencial para atingir níveis extremos e trágicos. Estudos indicam que vítimas de bullying apresentam maior propensão ao desenvolvimento de transtornos psicológicos e, em certas situações, podem reagir com comportamentos agressivos no futuro.
Para enfrentar essa questão, é imprescindível o investimento em programas de conscientização, suporte psicológico contínuo e a promoção da empatia no ambiente escolar. A cooperação efetiva entre educadores, famílias e órgãos governamentais são fundamentais para a construção de um ambiente seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento integral dos estudantes.

Mudanças Climáticas
As mudanças climáticas vêm se perpetuando no Brasil, impactando tanto o clima quanto a vida das pessoas. Entre as consequências mais evidentes estão a elevação da temperatura, períodos prolongados de seca, inundações, desabastecimento de água e o surgimento de problemas relacionados à saúde pública.
Entre as principais causas destacam-se o desmatamento, as queimadas, a emissão de poluentes, o consumo excessivo, a produção em larga escala e a mudança no uso do solo.
Diante desse cenário, alguns prognósticos futuros apontam para o risco de até um milhão de refugiados climáticos na região Nordeste, a necessidade urgente de políticas sociais emergenciais, a quebra de safras agrícolas, dificuldades no abastecimento de alimentos e água, aumento da demanda energética e danos à infraestrutura do sistema elétrico.
Como medidas para o enfrentamento dessas questões, destacam-se a redução das emissões de gases poluentes, a proteção das florestas, o cumprimento dos compromissos internacionais para limitar o aumento da temperatura global e a formulação de políticas sociais emergenciais.

A fome e a pobreza no Brasil
A fome e a pobreza possuem um longo histórico no Brasil, remontando ao período colonial. Apesar disso, milhões de pessoas afetadas por essas condições persistem na luta por dignidade e sobrevivência dentro da sociedade.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, a proporção de indivíduos em situação de pobreza poderia aumentar de 27,4% para 32,4% na ausência de intervenções sociais ou políticas públicas. Um exemplo de atuação solidária é o grupo “Amar o Próximo”, localizado em Caxias do Sul, que realiza a distribuição de marmitas, cestas básicas e materiais escolares para pessoas em situação de rua e comunidades carentes.
Ainda segundo o IBGE, em 2023, houve uma redução significativa da insegurança alimentar grave no país: o número de pessoas afetadas caiu de 17,2 milhões em 2022 para 2,5 milhões, representando uma queda de 85%. Estima-se que cerca de 24 milhões de brasileiros tenham deixado a condição de fome entre 2022 e 2023.
As causas da pobreza no Brasil são múltiplas e complexas, incluindo fatores como a desigualdade social, a miséria, crises políticas e econômicas, a distribuição desigual de alimentos, a ausência ou ineficiência de políticas públicas, bem como o manejo inadequado dos recursos naturais.

O direito das pessoas com deficiência
Na antiguidade, o convívio social era negado e o acesso à educação totalmente limitado para aqueles que nasciam com deficiência. Durante muito tempo, essas pessoas foram tratadas como sub-humanas, com seus direitos ignorados, inclusive o direito à vida, já que crianças com deficiência frequentemente eram mortas logo após o nascimento.
Na Roma Antiga, tanto nobres quanto plebeus realizavam sacrifícios de crianças que nasciam com deficiência. As leis romanas não protegiam essas pessoas, enquanto, no período conhecido como Idade Média, crianças com deformidades eram frequentemente abandonadas, chegando a ser jogadas nos esgotos da antiga Roma.
No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império. No século XX, ocorreram diversas mudanças na forma de compreender e tratar as pessoas com deficiência mental, destacando-se a promulgação de documentos importantes, como a Declaração dos Direitos dos Deficientes Mentais, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 20 de dezembro de 1971.
Atualmente, apesar das conquistas relativas ao acesso à educação e ao respeito igualitário, pessoas com deficiência ainda enfrentam discriminação e exclusão no mercado de trabalho.

O direito das crianças e adolescentes na educação
No contexto do direito das crianças e adolescentes à educação, o título refere-se àqueles que, mesmo diante da falta de boas condições de estudo, escolheram persistir na trajetória escolar.
Segundo dados do IBGE, em 2023, cerca de 9,1 milhões de jovens entre 15 e 29 anos abandonaram a escola sem concluir a educação básica. Esse número revela a negação de um direito fundamental garantido a todos. A falta de escolaridade coloca o indivíduo em situação de atraso, tanto intelectual quanto profissional.
Ainda de acordo com a CNN Brasil, 47% dos brasileiros consideram a educação do país ruim. A partir dos dados do IBGE de 2023, observa-se uma tendência de queda nos indicadores educacionais.
A educação é o principal instrumento de transformação social. Quando acessível a todos, ela tem o poder de transformar vidas e nos aproximar de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, enquanto a educação continuar sendo negada para parte da população, o resultado será o agravamento das desigualdades já existentes.
